Túneis de contrabando, passagens secretas, salas de proteção da guerra, do frio e do calor; descubra essas surpreendentes cidades subterrâneas espalhadas pelo mundo.
Derinkuyu, Capadócia – Turquia
A cidade da Capadócia possui nada mais, nada menos que 36 cidades subterrâneas espalhadas – por baixo – de seu território, e Derinkuyu é a mais impressionante de todas. Alguns arqueólogos datam sua construção por volta do ano 4000 antes de Cristo, sendo abandonada por completo no século 7 depois de Cristo. Formada por 20 níveis, a cidade subterrânea está a 38 metros de profundidade e possui todos os “atributos” de uma cidade normal. Rede de ruas, casas, salas de armazenagem de alimentos, igrejas, estábulos, bares, poços d’água e tubos de ventilação, que permitiam que o ar circulasse até mesmo nos níveis mais profundos da cidade.
Estima-se que essa cidade subterrânea Turquia era capaz de abrigar mais de 100 mil pessoas, e, segundo os arqueólogos, a cidade provavelmente foi construída como refúgio durante alguma era glacial. Cheia de túneis secretos e mais de 600 saídas para a superfície, Derinkuyu é uma visita indispensável em sua viagem para Turquia!
PATH, Toronto – Canadá
O PATH é um sistema de túneis sob a cidade de Toronto construído nos anos 1900, para ajudar a resolver o problema de locomoção de trabalhadores do centro, que sofriam com o inverno canadense. A rede foi ampliada quando ocorreu a integração com o metrô e, hoje, essa cidade subterrânea Canadá tem uma extensão superior a 30 quilômetros.
Abrigando dezenas de lojas, linhas de metrô e praças de alimentação, o PATH liga vários edifícios empresariais e pontos turísticos de Toronto, como a CN Tower e o Ripley’s Aquarium of Canada. Mais de 150 mil pessoas passam diariamente pelo sistema, seja para fugir do trânsito ou para simplesmente turistar em um dos maiores centros comerciais subterrâneos do mundo.
Dixia Cheng, Pequim – China
Durante a Guerra Fria e as tensões nucleares que assolavam o mundo, Mao Tsé Tung, então presidente da China, ordenou a construção de uma cidade subterrânea China que suportasse ataques nucleares de grandes proporções. A cidade seria usada para abrigar toda a população de Pequim e permitiria que as autoridades do governo a evacuassem em caso de ataques. Depois de sua inauguração, no ano de 1970, o governo afirmara que a cidade subterrânea seria capaz de abrigar seis milhões de pessoas durante uma crise, oferecendo escolas, hospitais, fábricas, clínicas, poços d’água e fazendas de cultivo.
Não há divulgação exata da real extensão de Dixia Cheng, mas estima-se que a cidade possui mais de 85 quilômetros quadrados e cerca de 90 entradas e saídas para a superfície. Chamada de “A Grande Muralha Subterrânea da China”, Dixia Cheng nunca chegou a ser usada para os fins originais. Hoje, aberta para visitação, alguns tours só mostram a parte circular do complexo, ocultando os seus níveis secretos.
Shanghai Tunnels, Portland – Estados Unidos
Ligando o bairro de Chinatown à área de Downtown, no centro de Portland, essa rede de túneis e passagens foi construída em 1962 ligando diversos porões de bares e restaurantes do centro da cidade ao rio Willamette, permitindo que as mercadorias transitassem pela cidade sem complicações.
Há algumas histórias nebulosas cercando os Shanghai Tunnels que hoje servem de lendas urbanas para atrair os turistas. Durante a fase mais “rica” do sistema, criminosos usavam os túneis para contrabando de mercadorias, tráfico de drogas e para a prática conhecida como “shanghaing”, que consistia em sequestrar pessoas e fazê-las servirem como marinheiros no porto de Willamette.
Minas de sal de Wieliczka, Cracóvia – Polônia
Um dos lugares para viajar mais interessantes dessa lista, as minas de sal de Wieliczka, em Cracóvia, foram construídas no século 13 e produziam sal de cozinha até o ano de 2007, sendo agora um polo turístico da Polônia.
O complexo de túneis chega a mais de 300 quilômetros de extensão, possuindo inúmeras cavernas escuras, três mil salas e nove andares subterrâneos. Durante a segunda guerra mundial, as minas de sal foram ocupadas pela Alemanha nazista e serviram como armazém para fábricas de produtos militares, como bombas e materiais de artilharia. Os mais de um milhão de turistas que visitam o local todos os anos podem ver estátuas, um lago subterrâneo, capelas e até mesmo uma catedral.
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